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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Proposta de atuação com o Autista

Diante dos conceitos expostos sobre o autismo, pensamos que trabalhar com estas crianças requer busca de conhecimentos específicos para que sejam criadas condições que possam ajudar no desenvolvimento da criança autista, não só em sala de aula, mas para o seu convívio com o outro.
Além de  tratamento mais adequado para uma criança autista  que inclui escolas especializadas no assunto, onde elas possam se desenvolver melhor e se sentirem seguras, com professores que tenham experiência com o autismo. Podemos contar com o método TEACCH ( Tratamento e Educação para Autistas e Crianças  com Deficiência relacionada à comunicação) que auxilia não só no desenvolvimento motor da criança, mais também na fala e no emocional da mesma.
Assim sendo o TEACCH se baseia na adaptação do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu local de trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das tarefas de cada aluno, o Teacch tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento da independência da criança autista.

O que é o Autismo

O autismo pode ser entendido como uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa de se comunicar.
Para Gauderer (1979), o autismo é uma síndrome presente desde o nascimento e se manifesta antes dos 3 anos de idade, principalmente nos meninos, afetando, principalmente, os estímulos auditivos, visuais e a fala.  Rutter (apud KANNER ano) discute o autismo infantil como sendo um distúrbio autista inato do contato afetivo. Para ele, o autismo destaca-se como uma anormalidade e a inadequação afetando crianças aparentemente “normais”, crianças que desenvolvem alguma característica após 02 anos. Para Rutter, as principais características clínicas da síndrome são: uma determinada forma de desvio de desenvolvimento social, desvio do desenvolvimento da linguagem, comportamentos estereotipados e rotinizados, não apresentando delírios e alucinações típicas de distúrbio do pensamento do tipo esquizofrênico. O autor ainda afirma que no primeiro ano de vida, o bebê que possui a síndrome não faz coisa que bebês “normais” fazem. Por exemplo, a criança autista não tem atitudes como estender os braços, seguir os pais quando começam a dar os primeiros passos, e não procuram os pais quando se machucam e nem demonstram carinho para com os pais. A convivência pode ser bem complicada, pois as crianças autistas não encaram as pessoas quando querem ou precisam de algo.
De acordo com Leboyer (1987), as primeiras definições sobre o autismo foram dadas por Leo Kanner e  são consideradas crianças autistas aquelas que não possuem aptidão em estabelecer relações sociais com outras pessoas possuindo também um atraso na sua linguagem.
 A partir dessas diversas visões, podemos entender o autismo como um transtorno no desenvolvimento, isto é, algo que faz parte da construção do indivíduo e que afeta principalmente a sua fala, e que faz com que não tenha um bom relacionamento com o mundo externo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Conhecendo o Autismo

Atualmente a integração da criança portadora da síndrome do autismo  no ensino regular está sendo muito discutida em todo o mundo, porém, poucos estudos têm sido realizados no sentido de avaliar como se dá esse processo de interação destas crianças com as outras, quais as dificuldades quando inserimos a criança autista em classes regulares, quais os benefícios que esta inserção trazem, etc. Muitas perguntas surgem quando abordamos este assunto e um grande desafio para os profissionais da área da educação é discutir e assumir uma posição crítica.
   Sabendo que a criança autista é muito fechada a pessoas que não conhece, investigaremos o mesmo através de sua mãe e sua professora. Tendo como objetivo geral contribuir para um melhor entendimento se a criança aprende melhor numa sala especial ou se podemos fazer a inclusão da mesma em salas regulares.
  A criança autista não se relaciona com as pessoas. E Gauderer (1979) afirma que o indivíduo que possui esta síndrome tem dificuldades de se relacionar socialmente com outras pessoas e que, antes dos cinco anos de idade, esta conseqüência pode ter vários problemas, porque crianças com síndrome têm dificuldade de desenvolver contato olho no olho.
 Considerando as especificidades dos sujeitos portadores do autismo, hipotetizamos que também existam especificidades no processo de ensino-aprendizagem com estes sujeitos, o que iremos investigar com esta pesquisa.  Sabemos que existem muitas pesquisas na área da Educação especial, voltadas para o ensino destas crianças. Porém pouco ou quase nada se fala a respeito dos alunos autistas em salas regulares. Esta carência de pesquisas suscitou o interesse de realizarmos algo novo, que possa contribuir para a reflexão dos profissionais envolvidos tanto com o processo de ensino de educação especial e aos profissionais da educação regular, discutindo os mitos e preconceitos presentes na sociedade. Muitos rótulos como “especial”, “diferente”, “carente de necessidades especiais”, podem prejudicar muito este alunado, pois enfatizam as dificuldades, descentralizando a atenção com relação aos fatores relevantes que poderiam facilitar a aprendizagem. Assim sendo, este trabalho pretende, de maneira especial e pessoal, ajudar aos profissionais a área da educação e aos interessados no assunto da criança autista, como lidarem com a situação do dia a dia, e saber incluir a criança autista na sociedade; abrindo caminho para a realização de novas pesquisas na área.