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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Inclusão...um ato de amor...

Inclusão: um longo caminho a ser percorrido

O Brasil está no caminho da inclusão, as leis estão valendo e promovem o acesso a todos os portadores de deficiência a se matricularem em escolas da rede regular de ensino, mas as políticas públicas que auxiliam as escolas nesta busca da inclusão ainda não foram feitas. As leis dizem quais as regras, mas não apontam como e onde buscar recursos materiais e pessoais necessários para atender a todas as particularidades destes alunos.
Alterações no espaço físico das instituições de ensino, profissionais capacitados para atendimento especializado, interpretes, fonoaudiólogos, psicólogos, auxiliares de professor, professores com capacitação compatível com os níveis de dificuldade dos alunos, todos estes cuidados para que de fato exista uma inclusão ainda não foram incorporados nas escolas brasileiras. Algumas poucas prefeituras, cidades ou mesmo escolas saíram em busca destas melhorias para atender as leis e poder atender estes alunos, mas quem espera do governo esta iniciativa ainda permanece no tempo da exclusão, ou pior, recebe estes alunos sem condições nenhuma de proporcionar ganhos educacionais e deixa esta criança abandona no canto da sala, onde se vê que ele foi integrado ao grupo, mas não de fato incluído.
O profissional permanece sem reconhecimento do seu valor, seja por pais de alunos ou pela baixa remuneração, tendo que fazer dois ou três turnos para atingir um bom salário, e desta forma não se dedicando como deveria para com seus alunos.
O professor até tenta fazer um bom trabalho na busca de projetos ou na organização do conteúdo que contemple as necessidades de seus alunos sejam eles de inclusão ou não, no acompanhamento da evolução da sala, no cuidado individual com eles, mas caso tenha que trabalhar o dia todo vai ter que fazer o básico, e aquele professor que poderia ser capaz de promover a construção de conhecimento em todos os seus alunos vai ter que deixar algum para trás, e muito provavelmente este aluno será o de inclusão ou com alguma dificuldade de aprendizagem.
A inclusão nas leis foi um avanço, mas este não pode parar por conta destes problemas, as políticas na área da educação devem chegar nas escolas em forma de verbas, programas educacionais de longo prazo, contratação de profissionais especialistas, valorização do professor, para desta forma haver realmente uma inclusão, que tanto beneficiaria a socialização das crianças, preparando-as para um mundo no qual o preconceito e a intolerância com as diferenças fiquem cada vez mais ultrapassados e sem sentido. A promoção da igualdade no direito de ser diferente, mas incluso.

Inclusão do Autista será possível?

Diante das condições em que a educação se encontra hoje e do preconceito que os portadores de deficiência e de síndromes vêm sofrendo, fez-se necessário compreender melhor o processo de ensino com esses sujeitos. Sabemos que a inclusão dos alunos vem sendo discutida, mas sabemos que as escolas, os professores e os demais alunos não estão preparados para atender qualquer tipo de necessidade especial. Tendo em vista a igualdade social e o direito da educação para todos, a inclusão com os portadores de deficiência tem preocupado muito os educadores. A escola inclusiva deve acolher as crianças de maneira a se adaptar as necessidades que as mesmas possuem. Essa escola dita como igual para todos, na verdade não esta preparada para receber as diferenças entre os seus alunos. Assim os professores não estão capacitados para trabalhar com esses alunos; e o que acaba acontecendo com os alunos é apenas a interação com os demais alunos da escola de ensino regular. sugerimos que a inclusão seja a bandeira de todos os professores comprometidos com a educação de qualidade e para todos, para que possamos, assim, reconhecer que todos somos cidadãos de direitos e deveres comuns. E que no momento em que se encontra a educação, um caminho melhor para os alunos portadores do Autismo seria o aprendizado em escolas especiais.

"A atitude para com as pessoas deficientes pode ser nossa maior deficiência...Buscamos uma Educação para todos..."

Educação Especial ou Inclusão: O que é melhor para o autista?

Trabalhar com a criança autista em sala de aula, requer conhecimentos específicos, reflexão diária e algumas metodologias diferenciadas. Pensando nisso, surge uma questão muito importante que poderá ser a realidade de muitos professores. No caso do autismo, o que é mais apropriado, a inclusão em escolas regulares ou a educação especial? Seria possível trabalhar a inclusão e a educação especial ao mesmo tempo? Uma seria complemento da outra?
A inclusão de pessoas com deficiência mental, síndrome do autismo e qualquer tipo de síndromes é um tema com freqüentes discussões, divergência de opiniões, já que são inúmeras as definições teóricas sobre o que é inclusão.
Integrar é simplesmente inserir em um contexto, enquanto incluir é reorganizar, reestruturar, diz respeito à individualidade do sujeito, ao sujeito incluído na sua totalidade, sem qualquer tipo de fragmentação. No contexto escolar, inclusão significa “Educação para Todos”,
Sendo que a educação especial, necessita de vários cuidados, e deve se desenvolver de forma especial, para atender às diferenças individuais dos alunos, através da diversificação dos serviços educacionais.
A educação inclusiva é uma força renovadora na escola; ela amplia a participação dos estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma ampla reestruturação da cultura. Assim, a inclusão ao ser adotada na sala de aula pode propiciar uma visibilidade das questões que envolvem as pessoas com necessidades especiais aos outros alunos no cotidiano escolar.

Sabemos que as escolas, atualmente, estão se preparando para atender os alunos especiais, modificando apenas seus espaços físicos o que não é a condição suficiente para esse processo. Para que haja um bom trabalho em sala de aula, os professores precisam ser efetivamente capacitados para a prática educativa, tanto com os alunos especiais quanto os demais alunos da sala.
Em nossa realidade vemos que em muitas escolas apenas é trabalhada a parte de interação do aluno, deixando de lado a inclusão do mesmo no ambiente escolar. Assim sabemos que a interação é uma concepção de inclusão parcial, em que o aluno pode transitar na sala do ensino regular. Trabalhando desta forma a interação social da criança. Sendo estabelecido a inclusão de forma incondicional, não deixando ninguém de fora das atividades propostas em sala. concluímos que para termos uma educação realmente para todos, os profissionais da área devem ser capacitados desde sua formação, para saber acolher as crianças portadoras das síndromes e de deficiência física em suas salas de aulas; e que a participação da família é algo que não deve ser desconsiderado, pelo contrario, deve ser trabalhada juntamente com a escola.

domingo, 14 de novembro de 2010

Tipos do autismo

Autismo Primário Normal: a capacidade para discriminar e estabelecer diferenças é mínima, isso significa que o bebê pouco se dá conta de que o mundo de fora existe. À medida que este for adquirindo a possibilidade de discriminar, também terá que se proteger contra o mundo exterior, e isso quer dizer que as respostas que vai dar ao mundo de fora de si, serão também autisticas.O autismo vai dar origem a uma forma de relacionamento caracterizada pela reciprocidade. A mãe desta criança será capaz de ajudá-la e suportar as “erupções” do filho, o que irá tranqüilizá-lo.

Autismo Secundário :criança autista é caracterizada pela ausência parcial da estimulação sensorial, podendo ser pela cegueira, surdez, paralisia cerebral ou ainda pela falta de contato com os adultos que dela cuidam.  Há uma necessidade de super proteção materna . Sendo que também pode ser caracterizada pelo alto grau de inteligência e baixo nível de tolerância à frustração.  Evita qualquer forma de contato físico e freqüentemente são mudas ou então usam uma linguagem primitiva que parece dotada de estrutura e sintaxe. Geralmente evitam olhar as pessoas, podendo dar impressão de serem surdas ou cegas.

Autismo Primário Anormal: as crianças a quem o ambiente nega um mínimo de estimulação sensorial, acabam por entrar em estados de marasmo, o que para algumas culmina na morte.  Este tipo de autismo é caracterizado por subdiferenciação emocional, ou seja, a criança esta obscurecida quanto a circunstancia de ter individualidade física, à sua imagem corporal, identidade pessoal, e à condição de estar viva.  A criança também deixa uma impressão de moleza e flacidez, e a distinção de objetos vivos e inanimados é muito precária.
Autismo Secundário Regressivo: a personalidade desestruturada, desorganizada e confusa que essas crianças denotam, é o resultado da “dispersão” que usam como principal meio de defesa. Fisicamente a criança pode ser  grande demais ou desajeitada, ou então magra e debilitada. Assim confunde pessoas e coisas, alguma dessas crianças falam com suas próprias fezes como se estas fossem seres vivos, e outras vezes tratam as pessoas como se estas fossem coisas. Fazem grande confusão entre bonito/feio, bom/mau, e ficam em apuros porque precisamente não conseguem fixar que diferença há entre as coisas boas e más. Brincam de uma forma confusa e bizarra, sempre ligando as coisas do corpo. A linguagem é confusa, fragmentada. Podem apresentar falta de sensibilidade nas extremidades. Geralmente não focaliza a vista nas pessoas e parece transpassá-las, mais do que olhá-las.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Proposta de atuação com o Autista

Diante dos conceitos expostos sobre o autismo, pensamos que trabalhar com estas crianças requer busca de conhecimentos específicos para que sejam criadas condições que possam ajudar no desenvolvimento da criança autista, não só em sala de aula, mas para o seu convívio com o outro.
Além de  tratamento mais adequado para uma criança autista  que inclui escolas especializadas no assunto, onde elas possam se desenvolver melhor e se sentirem seguras, com professores que tenham experiência com o autismo. Podemos contar com o método TEACCH ( Tratamento e Educação para Autistas e Crianças  com Deficiência relacionada à comunicação) que auxilia não só no desenvolvimento motor da criança, mais também na fala e no emocional da mesma.
Assim sendo o TEACCH se baseia na adaptação do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu local de trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das tarefas de cada aluno, o Teacch tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento da independência da criança autista.

O que é o Autismo

O autismo pode ser entendido como uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa de se comunicar.
Para Gauderer (1979), o autismo é uma síndrome presente desde o nascimento e se manifesta antes dos 3 anos de idade, principalmente nos meninos, afetando, principalmente, os estímulos auditivos, visuais e a fala.  Rutter (apud KANNER ano) discute o autismo infantil como sendo um distúrbio autista inato do contato afetivo. Para ele, o autismo destaca-se como uma anormalidade e a inadequação afetando crianças aparentemente “normais”, crianças que desenvolvem alguma característica após 02 anos. Para Rutter, as principais características clínicas da síndrome são: uma determinada forma de desvio de desenvolvimento social, desvio do desenvolvimento da linguagem, comportamentos estereotipados e rotinizados, não apresentando delírios e alucinações típicas de distúrbio do pensamento do tipo esquizofrênico. O autor ainda afirma que no primeiro ano de vida, o bebê que possui a síndrome não faz coisa que bebês “normais” fazem. Por exemplo, a criança autista não tem atitudes como estender os braços, seguir os pais quando começam a dar os primeiros passos, e não procuram os pais quando se machucam e nem demonstram carinho para com os pais. A convivência pode ser bem complicada, pois as crianças autistas não encaram as pessoas quando querem ou precisam de algo.
De acordo com Leboyer (1987), as primeiras definições sobre o autismo foram dadas por Leo Kanner e  são consideradas crianças autistas aquelas que não possuem aptidão em estabelecer relações sociais com outras pessoas possuindo também um atraso na sua linguagem.
 A partir dessas diversas visões, podemos entender o autismo como um transtorno no desenvolvimento, isto é, algo que faz parte da construção do indivíduo e que afeta principalmente a sua fala, e que faz com que não tenha um bom relacionamento com o mundo externo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Conhecendo o Autismo

Atualmente a integração da criança portadora da síndrome do autismo  no ensino regular está sendo muito discutida em todo o mundo, porém, poucos estudos têm sido realizados no sentido de avaliar como se dá esse processo de interação destas crianças com as outras, quais as dificuldades quando inserimos a criança autista em classes regulares, quais os benefícios que esta inserção trazem, etc. Muitas perguntas surgem quando abordamos este assunto e um grande desafio para os profissionais da área da educação é discutir e assumir uma posição crítica.
   Sabendo que a criança autista é muito fechada a pessoas que não conhece, investigaremos o mesmo através de sua mãe e sua professora. Tendo como objetivo geral contribuir para um melhor entendimento se a criança aprende melhor numa sala especial ou se podemos fazer a inclusão da mesma em salas regulares.
  A criança autista não se relaciona com as pessoas. E Gauderer (1979) afirma que o indivíduo que possui esta síndrome tem dificuldades de se relacionar socialmente com outras pessoas e que, antes dos cinco anos de idade, esta conseqüência pode ter vários problemas, porque crianças com síndrome têm dificuldade de desenvolver contato olho no olho.
 Considerando as especificidades dos sujeitos portadores do autismo, hipotetizamos que também existam especificidades no processo de ensino-aprendizagem com estes sujeitos, o que iremos investigar com esta pesquisa.  Sabemos que existem muitas pesquisas na área da Educação especial, voltadas para o ensino destas crianças. Porém pouco ou quase nada se fala a respeito dos alunos autistas em salas regulares. Esta carência de pesquisas suscitou o interesse de realizarmos algo novo, que possa contribuir para a reflexão dos profissionais envolvidos tanto com o processo de ensino de educação especial e aos profissionais da educação regular, discutindo os mitos e preconceitos presentes na sociedade. Muitos rótulos como “especial”, “diferente”, “carente de necessidades especiais”, podem prejudicar muito este alunado, pois enfatizam as dificuldades, descentralizando a atenção com relação aos fatores relevantes que poderiam facilitar a aprendizagem. Assim sendo, este trabalho pretende, de maneira especial e pessoal, ajudar aos profissionais a área da educação e aos interessados no assunto da criança autista, como lidarem com a situação do dia a dia, e saber incluir a criança autista na sociedade; abrindo caminho para a realização de novas pesquisas na área.